segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Famílias de detentos acusam agentes penitenciários de maus tratos em MG

 

12/08/2013 19h51 - Atualizado em 12/08/2013 19h52

Parentes de presos relatam espancamentos e transferências em Poços.
Juiz corregedor solicitou relatório por parte da direção do presídio.

Do G1 Sul de Minas
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Familiares de detentos do Presídio de Poços de Caldas (MG) organizaram um protesto na porta do Fórum de Poços de Caldas na tarde desta segunda-feira (12), onde reivindicaram mais atenção com os presos e denunciaram possíveis maus tratos e agressões praticadas por agentes penitenciários. Os familiares dos presos apontaram também que três deles foram transferidos para o presídio de Três Corações (MG) após espancamentos e que durante as visitas do último fim de semana, vários deles reclamaram das agressões e estavam bastante machucados, inclusive com braços quebrados.
De acordo com a dona de casa Alessandra de Paula, o marido dela é um dos detentos que sofreu agressão. “Ele estava preso há apenas quatro meses e alguns amigos de dentro do presídio disseram que ele saiu da cela apanhando e voltou apanhando e que, quando o jogaram de volta, ele foi direto para o chão, nem passou pelo médico”, contou.
A dona de casa Cilmara Costa também reclama do problema. Segundo ela houve abuso por parte dos agentes penitenciários. “Nos contaram que colocaram capuz nos detentos para que eles não vissem quem estava batendo”, relatou.
Contudo, a denúncia de maus tratos chegou até Deusimar Pereira, integrante da Comissão de Assuntos Prisionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Poços de Caldas. De acordo com ele, representantes da OAB irão ao presídio para apurar as informações apresentadas pelos familiares dos detentos. “As informações que vamos colher, bem como as denúncias, serão encaminhadas ao juiz corregedor do presídio, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro.
O juiz foi procurado e informou que na última quinta-feira (8) a diretoria do presídio disse que haveria vistoria nas celas.  No entanto, depois das denúncias feitas pelos familiares, o juiz solicitou um relatório ao diretor do presídio com informações sobre o que teria acontecido durante a ação dos agentes penitenciários.
O relatório foi entregue nesta segunda-feira ao juiz, que o encaminhou ao representante da OAB. Ainda de acordo com Castro, os representantes que estiveram no presídio também farão um relatório sobre a visita.
O diretor do presídio, Marcelo Henrique de Oliveira, foi procurado, mas até esta publicação não havia sido localizado.

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