domingo, 18 de agosto de 2013

Um dos PMs que levou Amarildo teria espancado moradores da Rocinha


 

Edição do dia 17/08/2013
17/08/2013 21h41 - Atualizado em 17/08/2013 21h42

As denúncias foram feitas por dois rapazes há mais de três meses antes do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza.

No Rio, dois rapazes denunciaram à polícia que foram ameaçados e espancados pelo mesmo policial militar da favela Rocinha que levou o ajudante de pedreiro Amarildo para averiguação, em julho deste ano. Desde então, Amarildo nunca mais foi visto. A denúncia foi publicada na edição deste sábado (17) do jornal O Globo.
As denúncias foram feitas mais de três meses antes do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. As acusações de dois moradores da favela da Rocinha pesam sobre o soldado da Polícia Militar Douglas Roberto Vital, que levou Amarildo para uma averiguação no dia 14 de julho, quando ele foi visto pela última vez.
Segundo a reportagem publicada neste sábado (17) no jornal O Globo, Luiz Gustavo de Souza Silva e um adolescente de 16 anos, primo de Amarildo, contaram na delegacia policial que foram espancados e sufocados com sacos plásticos, ao menos três vezes, pelo mesmo grupo que levou o ajudante de pedreiro, entre eles, o PM Roberto Vital.
Na  denúncia, o policial é erradamente identificado como Rodrigo Vidal. Segundo os moradores, disseram em depoimento, o soldado disse que os dois haviam dado sorte de Luiz ter sido abordado de dia, porque se fosse à noite, o tratamento seria diferente.

Ainda segundo o jornal O Globo, o pai do menor afirmou que os policias bateram no rapaz, depois circularam com ele pela favela como se fosse um delator. E, na véspera do desaparecimento de Amarildo, teriam inventado um flagrante de uma balança de precisão e sacos plásticos.
O adolescente teria afirmado também que, a toda hora, Vital dizia que ia matá-lo.
A Coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora informou que o comandante da UPP da Rocinha, major Edson Santos, já tinha recebido reclamações contra o soldado Douglas Roberto Vital, e por isso, o PM já havia sido trocado de posto. A coordenadoria, no entanto, afirmou desconhecer as denúncias de agressão e ameaça a moradores, publicadas na reportagem do jornal O Globo. Em maio, o caso foi encaminhado à Justiça.

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