terça-feira, 13 de agosto de 2013

Policiais civis param atendimento por 5h e fazem reivindicações em Bauru

 

13/08/2013 19h25 - Atualizado em 13/08/2013 20h28

Categoria pede melhorias nas condições de trabalho e aumento salarial.
Secretaria de Segurança Pública diz que governo tem pacote de benefícios.

Do G1 Bauru e Marília
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Policiais civis pedem melhores condições de trabalho e reajuste salarial (Foto: Reprodução TV TEM)Policiais civis pedem melhores condições de trabalho e reajuste salarial (Foto: Reprodução TV TEM)
A Polícia Civil “cruzou os braços” por cinco horas nesta terça-feira (13), em Bauru (SP). O atendimento ao público na Central de Polícia Judiciária onde são registradas as ocorrências foi suspenso. Quem precisou de ajuda teve que esperar. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e aumento salarial. O atendimento voltou ao normal às 15h.
“Temos na manifestação duas reivindicações principais: o reconhecimento salarial em nível de carreira jurídica por parte do governo do estado para os delegados de polícia e também para os demais policiais civis, investigadores e escrivães, para que eles fossem remunerados conforme o nível universitário que foi reconhecido recentemente pelo governo também. Estamos cobrando do governo somente o cumprimento da lei. Mais nada”, afirmou o delegado Marcelo Alves Firmino.
Segundo a polícia, na região de Bauru há um déficit de 30% no número de funcionários. É por isso que muitos profissionais acabam acumulando cargos sem receber nenhum centavo a mais. Durante a paralisação, as intimações, investigações e o atendimento ao público foram suspensos. Os policiais civis não pretendem parar de reivindicar enquanto não houver uma proposta concreta do governo do estado.
A Associação dos Delegados do Estado de São Paulo fez um levantamento e a cada dez dias, um delegado abandona a carreira. É que a remuneração no estado é uma das piores do país. São Paulo só está na frente do Pará em relação ao salário da categoria. “Tem vários policiais que estão em desvio de função. Tem investigador exercendo o cargo de escrivão pela falta também. Tem delegacia que só tem um funcionário, um policial, um carcereiro que exerce função de escrivão, de investigador. Com essa falta o pessoal tem que se desdobrar e com isso acaba prejudicando o trabalho”, disse o investigador Fábio Luis Legramandi.
Quem precisou de atendimento precisou de paciência. A mulher do vendedor Márcio Rogério Fioranti foi assaltada na tarde desta terça-feira e teve de registrar um boletim de ocorrência, mas ficou na espera. “É de espantar. Porque em um momento de necessidade, na hora que você mais precisa não teve atendimento”, reclamou.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado disse que nos últimos dois anos, policiais civis, militares e científicos tiveram reajuste de 27,7%, no salário. E que o governo anunciou um pacote de benefícios às carreiras policiais, com medidas para facilitar as promoções e a valorização de carreiras.
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Atendimento ao público ficou vazio durante cinco horas (Foto: Reprodução TV TEM)Atendimento ao público ficou vazio durante cinco horas (Foto: Reprodução TV TEM)

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