terça-feira, 13 de agosto de 2013

Conjuntos do Minha Casa, Minha Vida são invadidos em São Paulo

 

13/08/2013 20h51 - Atualizado em 13/08/2013 20h51

Centenas de famílias que não têm direito de morar nos quase dois mil apartamentos invadiram oito conjuntos habitacionais há quase três semanas.

 Há quase três semanas, milhares de pessoas invadiram oito conjuntos habitacionais construídos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, em São Paulo. Tem gente vivendo lá. São centenas de famílias que não têm direito de morar nos quase dois mil apartamentos.

Os oito conjuntos habitacionais invadidos ficam no extremo da Zona Leste de São Paulo e foram construídos em parceria entre o Governo Federal e a Companhia de Habitação da cidade para o programa Minha Casa Minha Vida. A ocupação irregular é organizada. Todas as portarias dos prédios invadidos estão fechadas com cadeados. A vigilância é feita pelas próprias pessoas que estão ocupando os apartamentos - 24 horas por dia em um esquema de revezamento.

Tentamos falar por telefone com um dos chefes do grupo, mas ele não permitiu a nossa entrada, nem qualquer entrevista. Só entra quem tem o nome na lista. O cartaz reforça: "Colabore com a portaria. Responda seus dados corretamente". Um homem, que não quer mostrar o rosto, tenta justificar a invasão. “A maioria não tem casa e a maioria vive de aluguel naquela situação”, explica.
As obras começaram há três anos e custaram cerca de R$ 100 milhões.
Foram feitas por cinco  construtoras, que deveriam preservar os locais até a entrega das chaves. Três disseram que havia segurança no local e que chamaram também a polícia, mas não conseguiram impedir a invasão. Duas declararam que já tinham entregue os imóveis para a Caixa. Por sua vez, a Caixa alega que a segurança é responsabilidade das construtoras.

A prefeitura pediu ajuda ao governo do estado para impedir novas invasões. “Tivemos conversas com a diretoria da Caixa Econômica Federal para traçar um plano de segurança maior, para evitar que de qualquer forma isso aconteça mais alguma vez”, explica o secretário José Floriano Marques Neto, secretário municipal de Habitação.
Gustavo e a noiva - que não querem aparecer -  estavam na expectativa de receber em setembro um dos apartamentos invadidos. Compraram móveis, marcaram a data, mas tiveram que adiar o casamento. “Estamos aguardando um apartamento há muito tempo, e agora a gente está de mãos atadas”, diz o noivo.

A Caixa entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse de todas as unidades.

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