domingo, 18 de agosto de 2013

Bloqueio policial impede chegada de manifestantes à casa de Renan

 

17/08/2013 18h17 - Atualizado em 17/08/2013 18h51

Protesto teve adesão de 1.200 na internet, mas só 15 apareceram.
Manifestantes foram à casa de Sarney, que também estava vazia.

Felipe Néri Do G1, em Brasília
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Dispostos a acampar em frente à residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para protestar, manifestantes mobilizados pela internet não conseguiram se aproximar da casa do senador neste sábado (17). Com participação abaixo do esperado, o protesto convocado pelas redes sociais ficou posicionado, de forma pacífica com a polícia, numa faixa de uma via que dá acesso à rua de Renan, desde cedo bloqueada pela polícia, sob forte esquema de segurança.
No total, cerca de 15 manifestantes pessoas apareceram na região conhecida como Península dos Ministros, que concentra casas de autoridades no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Por volta das 18h30, já não havia ninguém e nenhum dos organizadores apareceu.
A manifestação, organizada com o nome #OcupaRenan, estava marcada para começar às 14h e teve a adesão de mais de 1.200 pessoas no Facebook. Na sexta-feira, a assessoria de imprensa de Renan informou que o parlamentar estaria em Maceió neste sábado.
Impedidos pela polícia de chegar à rua de Renan Calheiros, manifestantes montaram barraca e bloquearam um dos acessos ao local (Foto: Felipe Néri/G1)Impedidos pela polícia de chegar à rua de Renan Calheiros, manifestantes montaram barraca e bloquearam um dos acessos ao local (Foto: Felipe Néri/G1)
O primeiro grupo de manifestantes – 6 pessoas, 4 encapuzadas – chegou ao local pouco antes das 16h. Nas redondezas da casa de Renan, porém, duas viaturas da Polícia Legislativa e duas da Polícia Militar, além de um microônibus da PM, já faziam a segurança, com dezenas de policiais bloqueando a rua, impedindo o acesso à residência oficial.
A intenção do grupo era ficar acampado em frente a residência até o próximo 7 de setembro, Dia da Independência. Eles foram revistados pela polícia e liberados em seguida. Sem conseguir ter acesso à casa de Renan, o grupo seguiu caminhando pela região.
Depois de localizar pela internet do celular a residência do senador José Sarney (PMDB-AP), numa rua vizinha, o grupo aproveitou a ausência da policia na área e montou a barraca em frente. Eles tocaram o interfone e chamaram o senador, que está internado em São Paulo, no hospital Sírio-Libanês. Um homem saiu da casa com um cachorro e informou que não havia ninguém da família na casa.
A intenção era que as pessoas viessem para ficar mais impactante"
Dominic Maha,
estudante
Cerca de trinta minutos após protestarem na casa de Sarney, o grupo decidiu voltar para a residência de Renan. Com o acesso ainda bloqueado, o grupo decidiu se instalar no meio de uma pista. Com gritos de "Renan, não se iluda, o seu lugar é na Papuda [penitenciária de Brasília]" os manifestantes ficaram sentados com uma barraca de acampamento montada no asfalto.
Por volta de 17h, policiais militares tentavam negociar a saída dos manifestantes do local. Mas eles informaram que só sairiam quando houvesse mais carros engarrafados com o bloqueio. Eles também olhavam para as câmaras das equipes de televisão e convidavam mais manifestantes a se juntarem ao grupo.
Por volta de 17h30 havia aproximadamente 40 policiais na área bloqueada. Foram colocadas cercas tanto na área interna da quadra quanto na parte do rua de Renan que dá acesso ao Lago Paranoá.
Estudante universitário, Dominic Maha disse que foi para o protesto com objetivo de "dar um susto" nos políticos e lamentou a presença de poucas pessoas. Segundo ele, que não ficou encapuzado, não havia a intenção de fazer protesto violento.
"A intenção era que as pessoas viessem para ficar mais impactante. Queremos dar um susto nos corruptos e que eles percebam que estamos acordados", disse Maha. Apesar da pouca adesão de manifestantes, o grupo recebeu buzinadas como forma de apoio de veículos que passaram pelo local.
Entre os manifestantes, alguns foram encapuzados para a Península dos Ministros e desistiram de ficar na casa de Sarney (Foto: Felipe Néri/G1)Entre os manifestantes, alguns foram encapuzados para a Península dos Ministros e desistiram de ficar na casa de Sarney (Foto: Felipe Néri/G1)

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