quarta-feira, 31 de julho de 2013

Papa pede que jovens arrisquem por ideais

Atualizado em quarta-feira, 31 de julho de 2013 - 10h57


Francisco escreveu a mensagem em sua conta do Twitter, três dias após o final da JMJ no Rio de Janeiro
Mensagem foi twittada nesta quarta-feira / Reprodução / Twitter Mensagem foi twittada nesta quarta-feira Reprodução / Twitter

O papa Francisco escreveu nesta quarta-feira uma mensagem em sua conta no Twitter, pedindo aos jovens para "arriscarem tudo para os grandes ideais".

No dia em que a Igreja Católica celebra o Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus - congregação religiosa de Francisco - o Pontífice escreveu na rede social: "Queridos Jovens, vale a pena apostar em Cristo e no Evangelho, arriscar tudo por grandes ideais".

A mensagem chega após três dias da conclusão da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) no Rio de Janeiro, durante a qual o Papa pediu aos jovens para serem "revolucionários". 

Manifestantes ocupam Câmara dos Vereadores no Rio


31 de julho de 2013 | 21h 41

HELOISA ARUTH STURM E TIAGO ROGERO - Agência Estado
Cerca de 2.000 manifestantes se reuniram na tarde desta quarta-feira, 31, na Cinelândia, na região central do Rio, seguiram em passeata até o Ministério Público Estadual, depois até a Assembleia Legislativa e finalmente à Câmara Municipal, também no Centro. Alguns manifestantes tentaram invadir a Casa, mas foram impedidos pelos policiais militares, que formaram um cordão de isolamento e, até as 21h30, não haviam recorrido a bombas nem balas de borracha.
Cerca de 50 ativistas conseguiram furar o bloqueio e entrar na Câmara, onde pretendem acampar. A maioria dos ativistas permanecia ao redor da Câmara. O grupo que está no interior da Casa exige a presença de advogados e de integrantes do grupo Mídia Ninja, que transmite as manifestações ao vivo pela internet.
O grupo protestava contra o Decreto Estadual 44.305/2013, que criou a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV). Trezentos policiais de três batalhões acompanharam o ato, e ruas da região foram interditadas. Um grupo de 40 pessoas mascaradas, integrantes do grupo Black Blocs, que defende a prática de atos de depredação, participava do ato.
O estudante Tiago Barreto, de 18 anos, foi detido pela PM quando segurava uma pedra. Segundo a polícia, ele fez menção de jogar a pedra contra os policiais. Tiago disse, por sua vez, que havia sido atingido pela pedra e por isso a pegou.
O decreto do governador Sérgio Cabral (PMDB) foi criticado por juristas porque atribuiria à comissão o poder de quebrar o sigilo de pessoas investigadas por suspeita de envolvimento em atos de vandalismo. Só a Justiça pode autorizar essa quebra de sigilo, defendem os críticos.

Serra: trazer médico de fora é “perfumaria”

Atualizado em quarta-feira, 31 de julho de 2013 - 16h00


Tucano também garante não estar preocupado com as próximas eleições, em 2014, após ser derrotado nos dois últimos pleitos
Serra disse temer pela contratação de médicos com “qualidade discutível Serra disse temer pela contratação de médicos com “qualidade discutível" Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Arquivo

No dia em que médicos de 22 estados decidiram paralisar suas atividades, José Serra, ex-ministro da Saúde, fala sobre uma das principais reclamações da categoria – a criação do Programa Mais Médicos por parte do governo federal – em entrevista à BandNews FM. O tucano mantém o mesmo discurso dos manifestantes e também garante não estar preocupado com as próximas eleições, em 2014, após ser derrotado nos dois últimos pleitos (2010, para presidente, e 2012, para prefeito de São Paulo).

Sobre o Programa Mais Médicos, que visa trazer profissionais estrangeiros para suprir a demanda de regiões mais afastadas, Serra disse temer pela contratação de médicos com “qualidade discutível, principalmente os de Cuba”. “Se você trouxer um médico de Portugal e da Espanha você vai ter que pagar muito, então, é só uma medida de perfumaria’”, diz.

“Para levar médico pra região distante você precisa ter boa remuneração, instalações, outros profissionais de saúde, enfim, você precisa fazer isso planejadamente”, completa Serra. O tucano também critica a mudança que amplia a duração do curso de medicina de seis para oito anos - pouco depois, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que o governo desistiu da proposta.

Eleições
Na entrevista à BandNews FM, Serra deixa em aberto o seu futuro na política. “Não estou com nenhum plano definido para sair do PSDB, não estou preocupado com as eleições do ano que vem”, afirma.

“Vamos dar tempo ao tempo, vamos ver o que vai acontecendo. Sabe pra qual partido eu pertenço? Ao partido da saúde. Todos aqueles que compartilharem as minhas ideias ou cujas ideias eu apoio para melhorar a saúde do Brasil estão do meu lado”, encerra o tucano.

Direito pode incluir estágio em favela

 

OAB propôs ao Ministério da Educação alteração nos cursos; para a Ordem, hoje essas experiências não passam de ‘faz de conta’



Lisandra Paraguassu
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) propôs ao Ministério da Educação uma alteração no currículo dos cursos de Direito, que poderão incluir um estágio em comunidades carentes do País. O estágio, de seis meses, seria dentro do período do curso.
A proposta foi apresentada nesta segunda-feira, 29, pelo presidente da OAB, Marcus Vinícius Coelho, durante evento em Teresina. "A grade curricular do curso é do século 19, e a metodologia e o sistema de avaliação são precários. Queremos um curso de Direito que prepare cidadãos conscientes de seu papel no mundo e não meramente burocratas ou tecnocratas", disse ele.
A OAB propõe ainda um aumento de disciplinas para o curso. Nesse período, os estudantes teriam de fazer um estágio "de verdade", segundo Coelho. Hoje, o estágio já é previsto na grade curricular e deve ser realizado em fóruns, juizados e tribunais, mas são experiências de "faz de conta", de acordo com o presidente da Ordem.
Ao Estado, Coelho disse que o estágio não deverá ser obrigatoriamente em comunidades carentes, mas terá de dar aos estudantes experiência prática no exercício do Direito. "O estágio será em favelas, em empresas, em escritórios, em tribunais, enfim, onde o estudante tiver sua vocação e sua afinidade. Vivemos em um país democrático e plural, onde a liberdade das pessoas desenvolverem suas potencialidades deve ser respeitada."
A criação de novos cursos de Direito está suspensa desde o início deste ano, quando a OAB e o Ministério da Educação firmaram um acordo para criar um marco regulatório para a área. Por 12 meses, a criação de novas faculdades ficará parada, até que a OAB apresente e o MEC aprove um novo currículo para a área. Segundo Coelho, a maioria dos alunos sai das instituições de ensino superior sem conhecimentos básicos, como processo eletrônico e prática do Direito. Procurado, o MEC não se pronunciou sobre a proposta da OAB de incluir estágio em comunidades carentes.
Médicos
A ideia de propor que estudantes façam algum trabalho social veio à tona com a decisão do governo federal de incluir na formação de médicos dois anos de trabalho remunerado no Sistema Único de Saúde (SUS). Os dois casos, no entanto, são diferentes. O estágio em comunidades carentes seria uma alternativa ao que já existe hoje, e não um período extra.

Governo mineiro extingue cargos e secretarias para cortar gastos

O objetivo é reduzir em R$ 120 milhões os gastos com custeio este ano e chegar e economizar R$ 1,1 bilhão até o fim de 2014; serão extintos 52 cargos de alto escalão

31 de julho de 2013 | 20h 46
Marcelo Portela - Agência Estado
Belo Horizonte - O governo mineiro anunciou nesta quarta-feira, 31, uma série de medidas para cortar gastos que inclui fusão de secretarias, extinção de autarquias e cargos de alto escalão e redução de 20% no número de cargos comissionados no Executivo. O objetivo é reduzir em R$ 120 milhões os gastos com custeio este ano e chegar e economizar R$ 1,1 bilhão até o fim de 2014.

Ministro da Saúde critica paralisação dos médicos


31 de julho de 2013 | 0h 07

FÁBIO GRELLET - Agência Estado
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou a paralisação promovida ontem pelos médicos. "Eu não acho correto prejudicar a população cancelando cirurgias e consultas por conta de um programa que não baixa o salário de ninguém, não tira o emprego de ninguém, pelo contrário, gera emprego e oportunidade aos médicos brasileiros. Não concordo que se prejudique ainda mais a população brasileira cancelando cirurgias e consultas. Quer apresentar propostas, apresente, mas não parta para uma tática que prejudica a população, principalmente a população do SUS, porque a cirurgia cancelada foi no SUS, a consulta cancelada foi no SUS", afirmou o ministro, durante a inauguração de um hospital no Rio de Janeiro.
"Eu fiquei a manhã toda na Faculdade de Medicina da USP ouvindo propostas ao Mais Médicos. (...) Essa é uma boa forma de participação, e o Ministério está aberto ao diálogo. Apresentamos uma solução concreta. Se houver outras sugestões, serão muito bem vindas. O que não concordo é que se prejudique a população que já espera meses por uma cirurgia, uma consulta", disse Padilha. "O problema não é só distribuição (de médicos). Faltam médicos no nosso País", reafirmou.

Em assembleia, aeroportuários decidem manter greve

Infraero afirma que apenas 6 dos 63 aeroportos do País foram efetivamente atingidos; para sindicato, no entanto, adesão chega a 70%

31 de julho de 2013 | 15h 57
Thiago Mattos - Especial para o Estado
Atualizado às 16h50.
Protesto de aeroportuários no Aeroporto de Congonhas; ao fundo o avião da Presidência da República - Sergio Castro/AE
Sergio Castro/AE
Protesto de aeroportuários no Aeroporto de Congonhas; ao fundo o avião da Presidência da República
SÃO PAULO - Em assembleia realizada na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 31, os aeroportuários decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A Infraero afirma que apenas 6 dos 63 aeroportos do País foram efetivamente atingidos pela paralisação convocada pelo Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina): Galeão (RJ), Congonhas (SP), Vitória (ES), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Segundo o sindicato, no entanto, a adesão chegou a 70% dos funcionários em todo o País.
De acordo com Severino Macedo, um dos diretores do Sina, 540 dos 580 funcionários de Congonhas, por exemplo, estão parados e fizeram passeata na Avenida Washington Luís. A categoria pede reajuste salarial de 16%. De acordo com o sindicato, após a paralisação, a Infraero ofereceu reposição de 6,49%, rejeitada na assembleia.
Até o meio-dia, cerca de 13% dos voos registravam atrasos. A assessoria da Infraero disse que o número é inferior à média diária de 15% e atribuiu os problemas ao mau tempo. Não foram registrados problemas no embarque e desembarque de passageiros em Congonhas até o fim da tarde desta quarta.
Em nota, a Infraero disse que tem um plano de contingenciamento para ser aplicado em caso de necessidade para manter os serviços essenciais e a operação dos aeroportos. "A empresa esclarece ainda que os salários dos empregados estão em dia e que ainda negocia com o sindicato para se chegar a um acordo coletivo que atenda aos interesses do corpo funcional e da Infraero. Dessa forma, não procede a informação de que há salários atrasados e redução de benefícios e qualquer afirmação nesse sentido tem o objetivo de confundir a sociedade", diz a nota.
"Como uma empresa diz que não tem greve e depois fala que vai remanejar os funcionários?", questionou Severino Macedo, do Sina. "A diretoria da Infraero aumenta o próprio salário em 26% antes de dar o aumento para a categoria e pensar no corpo funcional", afirmou Alberto Carvalho, outro diretor do sindicato.

Médicos fazem novo protesto contra governo federal na Avenida Paulista

31.julho.2013 17:30:57


Entidades médicas convocaram novos protestos nesta quarta-feira, 31, contra as recentes medidas do governo federal na área de saúde, como o Programa Mais Médicos, que trouxe profissionais estrangeiros para trabalhar no interior do País. Em pelo menos 12 Estados, o atendimento eletivo aos pacientes das redes pública e privada também foi suspenso. Em São Paulo, passeata reuniu quase mil profissionais e bloqueou o trânsito na Avenida Paulista.
Passeata dos médicos interrompe fluxo de veículos na Avenida Paulista, no sentido Consolação. Foto: Tom Oliveira-Instagram/Reprodução
20h38 – Há cerca de 15 minutos, médicos encerraram o protesto desta quarta-feira em frente à sede do Cremesp. Não houve registro de incidentes. (Bruno Deiro)
20h18 – De acordo com a CET, protesto dos médicos ocupa três faixas da Rua da Consolação, sentido centro, junto à Rua Caio Prado.
19h50 – A SPTrans informa que o protesto dos médicos na Rua da Consolação prejudica a circulação de ônibus na região.
19h37Manifestantes descem a Rua da Consolação até a sede do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Como haviam combinado com a PM, protesto bloqueou a Avenida Paulista somente no sentido Consolação. De acordo com os policiais que acompanham a passeata, ainda há entre 600 e 800 pessoas no protesto e não houve registro de confrontos. (Bruno Deiro)
19h29Médicos ainda bloqueiam a Avenida Paulista, no sentido Consolação, agora na altura da Praça do Ciclista, de acordo com a CET.
19h07 - De acordo com a Polícia Militar, 500 pessoas participam da passeata dos médicos contra o governo federal.
18h51 - Na Avenida Paulista, o reflexo da manifestação dos médicos são quase 2,7 km de congestionamento, no sentido Paraíso, entre a Rua da Consolação e a Praça Oswaldo Cruz.
18h47 - Segundo a SPTransônibus voltam a circular normalmente na Avenida Brigadeiro Luís Antônio após a liberação do protesto dos médicos.
Médicos param a Avenida Paulista em manifestação contra o governo federal. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
18h31Passeata dos médicos interditou há pouco a Avenida Paulista, no sentido Consolação, na altura da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Grupo deve seguir pela Rua da Consolação até a Praça Roosevelt. Acompanhados por um carro de som, manifestantes carregam faixas e caixões simbólicos dos ministros da Saúde e da Educação, Alexandre Padilha e Aloísio Mercadante, e da presidente Dilma Rousseff. O grupo ainda carrega um boneco com um jaleco, que representa o Sistema Único de Saúde. (Bruno Deiro)
17h55 – Pelo segundo dia consecutivo, sindicatos médicos confirmaram a suspensão do atendimento eletivo aos pacientes das redes públicas e privadas de saúde nesta quarta-feira, 31, em pelo menos 12 Estados. Em São Paulo, manifestantes da categoria pretendem interromper o trânsito na Avenida Paulista.

View Paralisação de médicos – 31 de julho in a larger map
Médicos interromperam o atendimento nas redes pública e privada em pelo menos 12 Estados
17h47 – Depois da pressão das entidades médicas, o governo federal anunciou nesta quarta-feira, 31, que desistiu dos dois anos extras no curso de Medicina, referentes à passagem obrigatória dos estudantes no Sistema Único de Saúde.
17h45 – De acordo com a CET, protesto dos médicos ocupa totalmente a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no sentido bairro, perto da Praça Pérola Biyngton.
17h26 – Após concentração em frente à sede da Associação Médica Brasileira, na Avenida São Carlos do Pinhal, na Bela Vista, cerca de mil profissionais da categoria iniciaram novo protesto por volta das 17h. Grupo segue pela Avenida Brigadeiro Luis Antônio, em direção à Avenida Paulista. Expectativa é que passeata dos médicos vá até a altura da Consolação. (Bruno Deiro)

Manifestantes furam bloqueio da PM e ocupam Câmara dos Vereadores no Rio de Janeiro

31.julho.2013 21:11:54

Manifestantes ocupam a Câmara Municipal do Rio de Janeiro em novo protesto contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). Grupo partiu da Cinelândia, no centro carioca, passou pelas sedes do Ministério Público Estadual e da Assembleia Legislativa fluminense e furaram o bloqueio policial na sede do Legislativo do Rio. Uma das principais queixas da passeata é o decreto que cria Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV).
Depois de passeata pelo centro carioca, cerca de 2 mil manifestantes se concentram na porta da Câmara Municipal do Rio. Cinquenta ativistas estão dentro do imóvel. Foto: Marcos de Paula/Estadão
22h35 – Por enquanto, há registro de três feridos. Um policial ficou machucado na boca, mas ainda não há informações sobre a origem do objeto que o acertou. Dois manifestantes foram atingidos por pedradas.
22h33 –  Manifestantes foram retirados à força da Câmara porque, segundo a PM, havia ameaças de depredações. Os policiais fazem cerco fora do prédio para evitar a volta dos ativistas e ainda há tumulto.
22h25Os PMs reagiram com cacetetes, spray de pimenta e arma de choque e avançaram sobre os manifestantes. Não há, por enquanto, informações sobre o número de feridos ou presos. É o primeiro confronto direto entre policiais e ativistas para dispersar o protesto.  (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h24Parte dos manifestantes atira rojões contra policiais na entrada da Câmara de Vereadores do Rio.  (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h16 - Os ativistas que pretendem acampar na Câmara estão recebendo alimentos, de outros manifestantes, pelas janelas do prédio. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h15Cerca de 80 PMs acompanham a ação dentro da Câmara dos Vereadores. O objetivo, segundo policiais, não é retirar os manifestantes, mas impedir depredações. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h13 - Expectativa do grupo que ocupou a Câmara é acampar no imóvel até que a Assembleia Legislativa vote projeto pelo impeachment de Sérgio Cabral. Os deputados estavam em recesso e retornam ao trabalho nesta quinta-feira, mas não está prevista nenhuma votação para a saída do governador(Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h10 – Os manifestantes conseguiram abrir à força a porta principal da Câmara dos Vereadores e  cerca de 100 pessoas entraram na sede do Legislativo. A PM usou spray de pimenta e armas de choque para evitar que mais ativistas entrassem. Aproximadamente 2 mil pessoas estão na frente do prédio. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
21h50 – Durante o ato contra Cabral desta noite, o estudante Tiago Barreto, de 18 anos, foi detido pela PM quando segurava uma pedra. Segundo a polícia, ele fez menção de jogar a pedra contra os policiais. Já o rapaz disse que havia sido atingido pela pedra e por isso a pegou. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
21h27 - Nesta quarta-feira, manifestantes se reuniram com o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, que rebateu críticas ao decreto. “Essa interpretação (de que é ilegal) é equivocada. Em momento algum a comissão pensou em quebrar sigilo. O decreto está em harmonia com o ordenamento jurídico“. Mas, atendendo a pedidos do grupo, ele disse que a partir de hoje o Ministério Público divulgará, pela internet, informações atualizadas sobre investigações que envolvem o governo estadual, como o uso de helicóptero do Estado pela família de Cabral e gastos públicos com a Copa e a Olimpíada(Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
21h24 - Já são 50 manifestantes dentro do prédioda Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Os ativistas no interior da Casa exigem a presença de advogados e de integrantes do grupo Mídia Ninja, que transmite as manifestações ao vivo pela internet. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
Manifestantes cariocas fazem novo ato para pedir a saída do governador Sérgio Cabral. Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
21h08Dez ativistas conseguiram furar o bloqueio da PM e ocuparam a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Cerca de 2 mil pessoas estão do lado de fora e pretendem acampar dentro do prédio do Legislativo municipal carioca.  Manifestação começou na Cinelândia, no centro do Rio, contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). Cerca de 300 PMs acompanharam o ato desde o início da noite.

Cabral é alvo de novo protesto após comissão de atos de vandalismo

atualizado às 19h47

Manifestantes querem a ilegalidade do decreto que institui a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo no Rio

O protesto era acompanhado por cerca de 50 policiais, por advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por advogados dos manifestantes Foto: Ale Silva / Futura Press
O protesto era acompanhado por cerca de 50 policiais, por advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por advogados dos manifestantes
Foto: Ale Silva / Futura Press
  • Marcus Vinicius Pinto
    Direto do Rio de Janeiro

Cerca de 100 manifestantes se concentraram na tarde desta quarta-feira na Cinelândia, região central do Rio de Janeiro, para protestar novamente contra o governador do Estado, Sérgio Cabral. Eles pretendiam ir ao Ministério Público (MP) para pedir a ilegalidade do decreto de Cabral, que institui a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo. Pouco antes das 19h, a PM já estimava qua havia 700 participantes em marcha.

Além disso, eles querem pedir Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Copa, da Delta e dos helicópteros, além de solicitar que o MP se posicione claramente sobre os movimentos. Eles carregavam faixas contra o Estatuto do Nascituro, a chamada bolsa-estupro, que defende a alteração do Código Penal brasileiro para considerar o aborto como crime hediondo, proibir em todos os casos, além de proibir o congelamento, descarte e comércio de embriões humanos, com a única finalidade de serem suas células transplantadas em adultos doentes. 

"A pretensão é ser recebido pelo procurador-geral do MP, Marfran Vieira, e entregar nossas reivindicações. Lo que o pessoal do Anonymous disse que nós nos escolhemos, o que é mentira, não sou líder de nada. Participo quando acho que vale à pena. Se alguém vem mascarado, tem todo o direito, pois quem vem mascarado pode não fazer nada e quem vem sem máscara pode vir disposto a tudo", disse o biólogo marinho Pedro Mattos, 25 anos, de Niterói (RJ).

A estudante de Ciências Sociais Mariana Rio, 24 anos, espera que o MP concorde com as exigências. "Sou do Fórum de Lutas e todos podem participar, até partidos políticos, tanto que temos um representante do PSTU escolhido. Esperamos que o MP concorde com nossas exigências, mas vamos seguir nas ruas,  apoiando outros movimentos. Cabral está com medo e perdendo apoios".O protesto era acompanhado por cerca de 50 policiais, por advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por advogados dos manifestantes. Além disso, defensores estarão de plantão na porta da 5ª Delegacia, no centro do Rio, para o caso de algum manifestante ser preso. Depois de passar pelo Ministério Público, o protesto vai marchar em direção à Assembleia Legislativa do Rio, que está de recesso e volta ao trabalho a partir de amanhã.

Pouco antes das 18h, começou a marcha em diração ao MP e policiais passaram a revistar mochilas de mascarados. Os manifestantes gritavam: "Cabral é ditador, revista o P2", se referindo aos agentes inflitrados nos protestos. Outros gritos ouvidos eram "Não aguento mais, Sérgio Cabral e Eduardo Paes" e "Ei, PM, cadê o Amarildo". O grupo Anonymous toma a frente da manifestação, que caminha pela avenida Rio Branco, escoltada pela polícia. 

Mais cedo o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse que a polícia está aprendendo pouco a pouco a lidar com as manifestações. "Os protestos eram algo novo há até bem pouco tempo e a polícia está aprendendo. Ela já está se comportando de uma maneira melhor, ainda tentando encontrar o limite, uma linha que é bem tênue e complicada”, disse ele.

Visita do Papa tem protestos contra Cabral e Igreja Católica

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado.

Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Manifestantes acampam em frente à casa do governador do Rio