Pautas mantêm o Legislativo longe das reivindicações dos protestos
Ricardo Barbosa/ALMG
Na Assembleia, deputados pretendem manter a “agenda positiva” no retorno dos trabalhos em agosto
Após um recesso que serviu para “amornar” a onda de protestos no Estado
e na capital, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal de Belo
Horizonte retornam aos trabalhos na próxima quinta-feira (1º) com
pautas distantes das ruas. Pelo menos dos dois movimentos populares que
levantaram parte das reivindicações dos protestos durante a Copa das
Confederações.
Na Câmara Municipal, a base do prefeito Marcio Lacerda (PSB) elencou propostas que passam longe dos pedidos da Assembleia Popular
Horizontal - grupo que ocupou a Casa por oito dias solicitando a queda
da tarifa de ônibus, transparência nos custos e encontro com o
prefeito.
O líder do prefeito na Casa, vereador Preto (DEM), aponta 11 projetos
para o segundo semestre, todos de autoria do Executivo. As propostas
variam desde dar nome de Itamar Franco ao novo viaduto na Via Expressa
até a proposta que pretende liberar a construção de 30 mil moradias do
Minha Casa, Minha Vida em Áreas de Especial Interesse Social - regiões
nas quais o poder público tem interesse em ordenar a ocupação ou
implantar programas habitacionais. A proposta já foi enviada à Câmara.
O presidente em exercício da Câmara, Wellington Magalhães (PTN), aponta
a revisão da lei de Uso e Ocupação do Solo. Para o vereador Leonardo
Mattos (PV), além da revisão desta lei, o que deve movimentar a Casa são
os projetos de operação urbana.
A Assembleia Popular Horizontal defende em sua página no Facebook a
abertura das contas das empresas de ônibus, a aplicação imediata na
tarifa da desoneração na folha de pagamento das empresas, a
implementação do passe livre para estudantes e desempregados.
Além disso, cobram um encontro dos representantes das ocupações urbanas
com o prefeito. Hoje a Assembleia terá um encontro debaixo do Viaduto
Santa Tereza para definir a pauta do segundo semestre e como vão
articular essa pauta. “Vamos falar da pauta nesta reunião. Vamos decidir
como vamos agir lá”, explicou.
Oposição ao prefeito, o vereador Gilson Reis (PCdoB) apresenta temas
diferentes da base. “Voltaremos com o pedido de CPI para o transporte
público, para apurar o custo da tarifa. Também vamos discutir o PPAG e a
prestação do serviço público de saúde”, aponta.
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