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'A PM está fazendo agora o que deveria desde sempre', diz membro do Anonymous
Adotando nova tática, polícia dialoga com ativistas durante manifestação em rua de Sérgio Cabral
Os 700 manifestantes estiveram na Avenida
Ataulfo de Paiva, em frente à loja de roupas Toulon, que foi depredada
na última manifestação. No local, os presentes gritaram palavras de
ordem e fazem uma 'missa' para os manequins que foram colocados na rua
no outro protesto. O clima ainda é de tranquilidade.
A Avenida Ataulfo de Paiva ficou interditada entre a Ruas
Visconde de Albuquerque e General Artigas. Os manifestantes foram,
então, para Copacabana e percorreram diversas vias do bairro. Alguns
peregrinos ficaram intimidados com as palavras de ordem vindas do
protesto, que xingaram e pediram a saída de Cabral. Outros tiraram
fotos. Os ativistas se sentaram no chão da Avenida Atlântica, onde
ocorreu a missa do Papa Francisco na praia. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, continuam interditados os acessos ao bairro pela Francisco Sá, Túnel Velho e pela Enseada de Botafogo, além da Avenida Atlântica, Barata Ribeiro e transversais. O clima ainda é de tranquilidade no local e, até às 23h40 desta quinta, não foram registrados tumultos.
PM usa nova tática e resolve dialogar
A Polícia Militar decidiu adotar uma nova
tática nas manifestações pela cidade. Nesta quinta-feira, durante o
protesto de ativistas na Rua Aristides Espínola, policiais entraram no
meio do protesto e iniciaram um debate com os cerca de 200 manifestantes
que estão no local. Os PMs, de vários batalhões, estão identificados
por um código de numeração e letras nos coletes e bonés.
Quando os policiais chegaram, foram recebidos
com gritos de "Onde está o Amarildo?", em referência ao pedreiro
Amarildo de Souza, sumido da Favela da Rocinha após ser levado por PMs
da UPP até a base do local. Um movimento na Internet chamado #OPAmarildo
juntou roupas, brinquedos e 10 cestas básicas para a família dele.
Ninguém quis se identificar, mas todos vão levar os suprimentos para a
família de Amarildo na Rocinha ao fim da manifestação.
Segundo o tenente Batista, que comanda a
operação, o objetivo da polícia é reprimir atos de vandalismo e não
interfirir na manifestação, além de evitar a ação de PMs infiltrados e
não identificados. Neste momento, o protesto parou e os ativistas
conversam com os policiais perto da Praia do Leblon.
"A polícia está se adaptando, e usou nestas
manifestações políticas uma experiência que já tem em eventos culturais e
esportivos com multidões. A ideia é trabalhar próximo aos manifestantes
para prevenir que as pessoas se utilizem de atos de violência ou
vandalismo. Nossa ação visa a garantir inclusive, o direito de
manifestação de quem está aqui com o objetivo de violência", disse o
tenente-coronel Mauro Andrade, do Estado-Maior.Em relação aos códigos, Andrade afirmou que a população pode identificar os policiais facilmente. "São várias batalhões, e há vários soldados e cabos em manifestações. Aqui só tem um oficial chamado A14 ou B16. Dessa forma, está garantida a identificação do policial".
Os PMs estão revistando mochilas de todos os presentes, incluindo a imprensa. Veículos que chegam da Av. Niemeyer ao Leblon foram desviados pela Rua Visconde de Albuquerque. Operadores da CET-Rio orientam o tráfego na região que apresenta retenções.
Manifestantes preparam protesto na rua do governador Sergio Cabral
Alexandre Vieira / Agência O Dia
Alexandre Vieira / Agência O Dia
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