CPI ouve família de pacientes que morreram durante tratamento em MS

31/07/2013 22h09 - Atualizado em 31/07/2013 22h09

Vereadores apuram irregularidades na saúde pública de Campo Grande.
De oito famílias convidadas, cinco prestaram depoimento.

Do G1 MS com informações da TV Morena

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De oito famílias convidadas, cinco foram até a Câmara Municipal de Campo Grande nesta quarta-feira (24) para depor durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura irregularidades na saúde pública do município. Todas as pessoas que falaram aos vereadores tiveram parentes mortos durante tratamentos médicos.
Ivone Oliveira foi a primeira a contar sua história O pai dela, de 72 anos, morreu de câncer em janeiro. Ele fez tratamento na Santa Casa. A mulher acusa os médicos de terem trocado os remédios que o paciente tomava por conta do custo.
“O medicamento havia sido trocado porque ele [médico], como legítimo representante do SUS, não poderia continuar fornecendo aquele medicamento caro, de primeira linha, porque meu pai era um paciente já idoso, que estava em tratamento paliativo e que a qualquer momento viria a óbito mesmo”, contou.
A família de Maria Domingues Lopes Dias, de 65 anos, também foi convocada. A aposentada morreu no Hospital Universitário depois de passar por uma cirurgia para implantação de uma válvula no coração.
Escutas telefônicas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça mostraram o ex-diretor da unidade José Carlos Dorsa acertando o preenchimento do laudo da paciente com outro médico, de forma a não citar a real causa do óbito.
A dona de casa Mirian  Dias, filha de Maria Domingues, suspeita que a mãe foi vítima de erro médico. “Nada bate com o que ele disse nas gravações”, relata.
Para os integrantes da CPI, os depoimentos desta tarde são os mais importantes. Com os relatos, os vereadores querem identificar as ações irregulares no tratamento dos pacientes e ainda analisar a conduta dos profissionais de saúde.