quarta-feira, 31 de julho de 2013

Em novo protesto no Centro, mais confusão entre PMs e manifestantes

- Atualizada às

Tumulto começou perto da Câmara dos Vereadores, após um rapaz ser detido com pedras na mochila

Adriana Cruz
Rio - A dinâmica de tumulto na etapa final das manifestações se repetiu na noite desta quarta-feira. Mais de 700 manifestantes passaram pelo Ministério Público onde entregaram uma carta ao procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, passaram pelas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e seguiram em direção à Câmara dos Vereadores.
Na Avenida Almirante Barroso, um manifestante foi detido com pedras na mochila e foi levado para a 1ª DP (Praça Mauá), segundo o tenente-coronel Mauro Andrade, que passou a comandar a PM nos atos públicos dos últimos dias. O policiamento foi reforçado em todo o Centro da cidade. Mais de 350 policiais militares acompanham o ato.
Procurador-geral da Justiça, Marfan Vieira, recebeu uma carta de reivindicações das mãos dos manifestantes e falou frente aos cerca de 700 presentes
Foto:  Alexandre Brum / Agência O Dia
Após isto, o clima começou a ficar mais tenso entre policiais e ativistas. Um grupo de manifestantes forçou a entrada no prédio da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia. Algumas pessoas se retiraram do local após negociação, no entanto ainda há um grupo ocupando a Casa. Houve princípio de quebra-quebra e correria nos arredores da Câmara, onde foram ouvidos gritos inspirados em uma das mais tradicionais marchinhas de Carnaval: "Ô, abre-alas, que eu quero passar".
Carta pede investigação de Cabral
Uma carta com várias reivindicações foi entregue no MP por 10 pessoas que foram eleitas durante plenária do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) na terça-feira. O documento exige a abertura de inquérito para investigar os excessos da polícia; uma investigação sobre os atos do governador Sérgio Cabral; outro processo investigativo para a ação dos policiais à paisana infiltrados nos protestos; a quebra de sigilo telefônico de Cabral, do prefeito Eduardo Paes e de todos os envolvidos no escândalo da Delta; além da revisão do monopólio dos contratos de concessão de tranportes.
No último domingo, mais de 100 pessoas protestaram na Rua Aristídes Espínola, no Leblon, onde mora o governador. Em clima bem-humorado, os manifestantes chegaram a dançar quadrilha e reforçavam os pedidos de investigação ao proferir palavras de ordem contra Cabral. A PM, com 40 homens identificados por letras e números nos coletes e bonés, acompanhou o ato, que não registrou tumulto.

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