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Tumulto começou perto da Câmara dos Vereadores, após um rapaz ser detido com pedras na mochila
Na Avenida Almirante Barroso, um manifestante
foi detido com pedras na mochila e foi levado para a 1ª DP (Praça Mauá),
segundo o tenente-coronel Mauro Andrade, que passou a comandar a PM nos
atos públicos dos últimos dias. O policiamento foi reforçado em todo o
Centro da cidade. Mais de 350 policiais militares acompanham o ato.
Após isto, o clima começou a ficar mais tenso
entre policiais e ativistas. Um grupo de manifestantes forçou a entrada
no prédio da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia. Algumas pessoas se
retiraram do local após negociação, no entanto ainda há um grupo
ocupando a Casa. Houve princípio de quebra-quebra e correria nos
arredores da Câmara, onde foram ouvidos gritos inspirados em uma das
mais tradicionais marchinhas de Carnaval: "Ô, abre-alas, que eu quero
passar".
Carta pede investigação de Cabral
Uma carta com várias reivindicações foi entregue no MP por 10 pessoas que foram eleitas durante plenária do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) na terça-feira. O documento exige a abertura de inquérito para investigar os excessos da polícia; uma investigação sobre os atos do governador Sérgio Cabral; outro processo investigativo para a ação dos policiais à paisana infiltrados nos protestos; a quebra de sigilo telefônico de Cabral, do prefeito Eduardo Paes e de todos os envolvidos no escândalo da Delta; além da revisão do monopólio dos contratos de concessão de tranportes.
No último domingo, mais de 100 pessoas protestaram na Rua Aristídes Espínola, no Leblon, onde mora o governador. Em clima bem-humorado, os manifestantes chegaram a dançar quadrilha e reforçavam os pedidos de investigação ao proferir palavras de ordem contra Cabral. A PM, com 40 homens identificados por letras e números nos coletes e bonés, acompanhou o ato, que não registrou tumulto.
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