domingo, 28 de julho de 2013

Site que faz ranking de políticos quer influenciar as eleições de 2014

27/7/2013 às 15h09 (Atualizado em 27/7/2013 às 15h34)

Página avalia quem respeita leis, combate a corrupção e reduz desperdício de dinheiro público
Filippo Cecilio, do R7
Site pretende "demitir" os maus políticos por meio do voto Elza Fiúza/Agência Brasil
Induzir a população a votar em políticos que apresentem “boas práticas” no exercício do mandato e “demitir” aqueles que atuem de maneira contrária aos interesses públicos. Essa é a meta do site “Ranking Políticos”, iniciativa que pretende separar os bons dos maus parlamentares.
A expectativa dos idealizadores é que a página eletrônica — www.politicos.org.br/ — auxilie já na nova estrutura do Congresso Nacional, que será eleita em 2014.
Criada no ano passado pelos empresários Alexandre Ostrowiecki e Renato Feder, a página reúne fatos a respeito da atuação dos políticos e os disponibiliza para a consulta dos cidadãos, que podem avaliar e acompanhar o desempenho dos homens públicos.
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Ostrowiecki diz esperar que a repercussão do site influencie também no comportamento dos próprios políticos.
— Quando estivermos crescendo, os próprios políticos vão perceber esse movimento e perceber que suas ações têm consequências maiores do que eles imaginam hoje. O político que estiver pensando em fazer alguma coisa errada não vai fazer, pois sabe que tem chance de ser “demitido” na próxima eleição.
As informações utilizadas para classificar os políticos são todas públicas, muitas delas oriundas de fontes oficiais. Para chegar ao "ranqueamento", foi estabelecida uma série de critérios que somam ou diminuem pontos na contagem dos políticos. Todos começam empatados com 200.
Entre os itens avaliados, estão a frequência em sessões plenárias, a proposição de “matérias relevantes”, o respeito às leis, o combate à corrupção e aos privilégios e a redução do desperdício de dinheiro público.

A página avalia a atuação de vereadores, deputados estaduais, federais e senadores. Para 2015, o plano é que também passem a ser ranqueados governadores e prefeitos.
O site, que atualiza o ranking mês a mês, recebe 70 mil visitas diárias e não aceita financiamento externo. Para criar a página, os empresários investiram R$ 30 mil, e sua manutenção lhes custa R$ 2.000 mensais.
— Optamos por pagar tudo do nosso bolso para não ter preocupação em buscar recursos nem vender favores para ninguém. Se a pessoa quiser contribuir, tem que mandar informações. É a única coisa que a gente aceita. Queremos manter o projeto puro em termos de controle e neutralidade, pois não dá para saber que tipo de pessoa vai aparecer.
Reclamações
Ostrowiecki conta que vez por outra é procurado por algum político que pede para que alguma informação a seu respeito seja corrigida ou alterada. A partir da solicitação do político, os empresários apuram a procedência da queixa e verificam se é possível atender à reclamação.
Ele deu o exemplo de um parlamentar — sem identificá-lo — que constava no site como sendo “ficha-suja”, o que lhe tirava bons pontos no ranking.
— Ele entrou em contato conosco dizendo que o processo já estava extinto. Como não tínhamos esse dado, fomos apurar. Nesse caso específico, ele pediu para que removêssemos a menção ao processo do site. Não atendemos, mas acrescentamos essa informação nova.
Ficha criminal
Um ponto controverso é a publicação da ficha criminal dos políticos, seja ela limpa ou suja. Mesmo que o processo não tenha relação com a vida pública ou a atuação parlamentar dos ranqueados.
Mesmo que algum deles seja inocentado no processo, o caso continuará constando de sua ficha no site. Ostrowiecki não vê problema nisso.
— Quero que meus representantes no Congresso sejam pessoas honestas e com a ficha limpa. Se for alvo de um processo, perde pontos. E, se for condenado, perde o dobro dos pontos. Optamos por deixar isso aberto para o internauta. E ele vai verificar que foi inocentado e decidir se realmente quer votar no cara ou não.

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