Prefeitura de Campo Mourão decreta emergência na rede pública de saúde

 

12/08/2013 18h38 - Atualizado em 12/08/2013 18h43

Medida busca sanar os problemas causados pela falta de médicos.
Na sexta, a empresa que prestava serviço no município deixou de atender.

Do G1 PR, em Maringá

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Regina Dubay disse que está se entendendo com o
MP (Foto: Prefeitura de Campo Mourão/Divulgação)

A prefeita de Campo Mourão, no centro-oeste do Paraná, Regina Dubay, decretou situação de emergência na rede pública de saúde do município, na sexta-feira (9). A medida é válida por 180 dias e busca amenizar os problemas causados pela falta de médicos no Posto 24 horas e em alguns hospitais locais, como a Santa Casa de Campo Mourão.
O problema foi agravado porque, ainda na sexta-feira (9), a empresa licitada para atender aos pacientes do Posto 24 Horas deixou de prestar serviços no município. A unidade é o único que possui plantão em clínica geral e pediatria 24 horas por dia. A prefeitura afirmou que tinha suspeitas de superfaturamento nos serviços prestados pela empresa, e por isso, preferiu encerrar o contrato para evitar maiores problemas. O G1 tentou entrar em contato com algum representante da empresa por volta das 18h, porém, nenhum funcionário atendeu ao telefone.

Com o decreto, a prefeitura poderá contratar novos profissionais de forma direta – o município estava impedido pela Justiça de contratar médicos sem prestar concurso público desde 2009, segundo a própria prefeitura.
“O que não queremos é que nossa população fique sem atendimento. Estamos nos entendendo com o Ministério Público desde a semana passada para resolver isso da melhor forma possível e garantir o atendimento aos munícipes”, explicou a prefeita, em nota.
Mesmo com a contratação de médicos de forma emergencial, um novo concurso público deve ser feito em 90 dias, conforme a administração pública. Isso, no entanto, depende de aprovação do decreto de situação de emergência pela Câmara Municipal de Campo Mourão.
A prefeita afirmou que o decreto de emergência ainda levou em conta a falta de assistência em áreas cruciais da saúde no município, como obstetrícia, neurocirurgia, ortopedia e urgência pediátrico.