segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Para presidente do PMDB, denúncias sobre Petrobras são 'guerra política'

 

12/08/2013 19h46 - Atualizado em 12/08/2013 19h46

Valdir Raupp negou irregularidades e diz que contas estão registradas.
Reportagem de 'Época' detalha suposto esquema de corrupção na estatal.

Felipe Néri Do G1, em Brasília
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O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou nesta segunda-feira (12) que as denúncias de que o partido teria recebido propina oriunda de contratos da Petrobras no exterior, conforme denunciou reportagem da revista “Época”, se devem a uma “guerra política”. Raupp se recusou a falar em partidos que poderiam estar armando esta “guerra”.
Em reportagem publicada pela revista “Época”, o ex-diretor da BR Distribuidora e engenheiro de carreira da Petrobras João Augusto Henriques informou que entre 60% e 70% do dinheiro arrecadado nas negociações de contratos no exterior eram repassado ao PMDB, sendo que a maior parte ficava com parlamentares da bancada de Minas Gerais na Câmara.
“O que está havendo é uma guerra política, uma paranoia. O Brasil vive um denuncismo político e com fins eleitorais muito forte. Isso não é bom”, declarou Valdir Raupp. Ele também negou que o partido tenha se beneficiado com o suposto esquema. “Todo recurso que o PMDB recebe nas campanhas está devidamente registrado no TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, afirmou.

Raupp disse, ainda, desconhecer o autor da denúncia, que é apresentado na matéria da revista como “lobista do PMDB”. “Em 2010 eu estava na direção do PMDB e não conheço também esse cidadão. Então, não poderia acrescentar muita coisa”, afirmou.
Para o senador, o clima de “paranoia” na política, que segundo ele se estabeleceu nos últimos 90 dias, poderia ser reduzido com a reforma política. A discussão sobre o tema foi retomada no Congresso após as manifestações das ruas do Brasil em junho. “A reforma política pode [levar] desde o fim da reeleição, que deixa todos os partidos, deixa todo mundo muito nervoso, seja aos governos estaduais, para presidente da publica”, declarou.
Nesta segunda, os senadores tucanos Aloysio Nunes (SP), líder do PSDB no Senado, e Alvaro Dias (PR) protocolaram na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) do Senado requerimento de convite ao autor das denúncias para que ele dê esclarecimentos sobre o suposto esquema de corrupção na Petrobras.

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