segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Servidores da Educação de Santana do Mundaú, AL, decretam greve

 

12/08/2013 19h59 - Atualizado em 12/08/2013 20h00

Categoria reivindica reajuste e manutenção do pagamento do quinquênio.
Início da paralisação foi marcado por protesto em frente à prefeitura.

Do G1 AL, com informações da TV Gazeta
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Servidores da educação de Santana do Mundaú, município localizado na Zona da Mata de Alagoas, decretaram greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12). O primeiro dia da paralisação foi marcado por um protesto em frente ao prédio da prefeitura.
A principal reivindicação dos grevistas é o pagamento do reajuste nacional de quase 8% definido pelo Ministério da Educação no início do ano, além do retroativo referente ao período.
“O estimado para esse ano do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] foi de R$ 6,8 milhões, com o encontro de contas chegou a R$ 7,2 milhões, então tem dinheiro. O município cresceu 19,97% do seu orçamento e não quer repassar 7,97% para o professor”, revela Fabiana Alexandre, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) região Zona da Mata.
A categoria também quer o pagamento de um terço de férias, vinculado ao reajuste, e a manutenção do quinquênio que, segundo eles, está ameaçado de corte. “Chegou ao nosso conhecimento que foi enviado para a Câmara um projeto onde consta a retirada dos quinquênios para a nossa categoria. Nós entendemos que isso é ilegal, uma vez que já está incorporado ao nosso salário, já é garantido por lei e nós não vamos permitir”, afirma o professor  Manoel Farias.
De acordo com o prefeito da cidade, Marcelo Souza, o município não tem condições de arcar com o aumento salarial e ainda não sabe como resolver o problema. “Não é uma questão que o prefeito não quer dar o aumento, é uma questão de ultrapassar o limite de responsabilidade fiscal que, com esse pagamento, chega quase a 90% só em folha. Como é que nós vamos manter o transporte escolar, as escolas, pagar o combustível de todo o setor da educação? O município não tem condições. O recurso que está chegando e não dá para pagar a folha”, argumenta o gestor
O prefeito disse ainda que, na próxima quinta-feira (15), haverá uma reunião com representantes do sindicato da categoria e do Ministério Público Estadual (MPE) na tentativa de chegar a um acordo que encerre a greve.

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