16/08/2013 20h35 - Atualizado em 16/08/2013 21h10
Segundo delegado, 20% dos 138 detidos foram identificados em imagens.
Protesto pedia melhorias no transporte e saída do secretário da pasta.
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"Todos cometeram crime, isso eu não tenho dúvida", afirmou o delegado titular do 5º Distrito Policial. As imagens dos suspeitos foram divulgadas nesta sexta-feira (16) pela polícia, que avaliou seis horas de gravações feitas pela TV do Legislativo e emissoras locais. Os responsáveis podem ser indiciados por dano ao patrimônio público e resistência à prisão.
Os manifestantes que ocuparam o plenário, na madrugada do dia 8, reivindicavam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes, além da saída do secretário da pasta, Sérgio Benassi. Após ação a Tropa de Choque da Polícia Militar, as pessoas que protestavam foram retiradas do prédio à força. Houve relatos de violência da PM, e a corporação negou.
Caviolla Filho adiantou que 20% das pessoas que ocuparam o Legislativo já foram identificadas. Ele planeja ouvir todos os detidos e, por isso, adiantou que pedirá a prorrogação do prazo para concluir o inquérito. "Também devem prestar esclarecimentos a mesa diretora da Câmara e os partidos políticos que estavam representados por bandeiras ou faixas", explicou.
A mesa diretora é formada pelo presidente da Casa, Campos Filho (DEM), além dos vereadores Artur Orsi (PSDB) e Thiago Ferrari (PTB), que atuam como primeiro e segundo-vice. Entre os suspeitos, de acordo com a polícia, também estão 30 menores de idade que serão investigados pela Delegacia de Infância e Juventude. A data de início dos depoimentos não foi confirmada.
Manifestantes ocupam plenário durante protesto na
Câmara de Campinas (Foto: Lana Torres / G1)
Prejuízo e discursos inflamadosCâmara de Campinas (Foto: Lana Torres / G1)
A Câmara informou que vai acionar a Justiça para cobrar dos manifestantes uma indenização pelos danos, avaliados em pelo menos R$ 50 mil, na estrutura e mobiliário do plenário. Durante o protesto, cadeiras e mesas foram arremessadas, móveis riscados e paredes da Casa pichadas.
Na primeira sessão após o ato, na segunda-feira (12), os parlamentares fizeram discursos inflamados, por três horas, para debater a manifestação. Para o presidente da Casa, foi o "mais grave ataque" da história contra o Legislativo. Além disso, uma comissão foi criada para apurar o suposto envolvimento dos vereadores ou funcionários da Câmara no protesto.
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