sexta-feira, 9 de agosto de 2013

'Amarildo era responsável por guardar drogas para o tráfico', afirma delegado

- Atualizada às

Ruchester Marreiros chegou a pedir prisão de Elisabete da Silva, esposa de Amarildo

O Dia
Rio - Ex-delegado-adjunto da 15ª DP (Gávea), Ruchester Marreiros acusa o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza e sua esposa, Elisabete Gomes da Silva, de ligação com o tráfico de drogas. Amarildo está sumido desde 14 de julho, após ter sido abordado por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha, na Zona Sul.
Esposa de Amarildo, Elisabeth usa camisa com nome do marido
Foto:  Alessandro Costa / Agência O Dia
As informações foram repassadas ao delegado titular da Gávea, Orlando Zaccone, que que não concordou com o pedido de prisão de Marreiros por considerar que não havia elementos que comprovassem o envolvimento do casal com o tráfico.
"Mil páginas de investigação foram os motivos. Temos diversas informações a respeito da participação efetiva de várias mulheres no tráfico de drogas, dentre elas a Bete", afirmou Marreiros nesta quinta ao RJTV . O policial chegou a pedir a prisão da esposa do ajudante de pedreiro durante as investigações.
"O Amarildo, como diversos outros membros da organização, era responsável por guardar material, drogas para o tráfico. Essa era a principal atividade dele", acrescentou.
Temendo represálias, a família de Amarildo deixou o Rio de Janeiro. Apenas dois filhos do ajudante de pedreito retornaram ao Rio nesta quarta.
MP faz buscas em aterro sanitário
Equipes da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), da Divisão de Homicídios (DH) e promotores do Ministério Público (MP) que atuam em conjunto com a auditoria militar realizaram buscas nesta quinta-feira pelo corpo de Amarildo, no aterro sanitário de Seropédica, na Região Metropolitana.
As equipes realizaram as buscas em uma área de 30 metros quadrados e cinco metros de altura de lixo. Os resíduos ocupam área específica no aterro e chegaram ao local após passagem pelo depósito de lixo da Comlurb no Caju. Agentes receberam denúncia de que um gari, que seria tio de um PM lotado na UPP da comunidade, teria sido obrigado a transportar um corpo para fora da favela.
Policiais e bombeiros fizeram buscas pelo corpo de Amarildo na Rocinha
Foto:  Alessandro Costa / Agência O Dia
O trabalho deve levar seis dias para ser realizado. Nada foi encontrado durante as buscas nesta quinta.
O delegado Rivaldo Barbosa, da DH, não descarta fazer uma reconstituição do caso. A Polícia Civil quer saber por que os aparelhos de GPS dos carros da UPP e duas câmeras de segurança da comunidade não estavam funcionando no dia do desaparecimento de Amarildo. Eles também buscam imagens gravadas por câmeras de prédios e de pontos comerciais de São Conrado, na Zona Sul, que possam ajudar a esclarecer o caso.

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