domingo, 4 de agosto de 2013

'Suspeição' no caso Amarildo é de
responsabilidade pública, diz ministra

 

 Para Maria do Rosário, preocupa pedreiro ter desaparecido após ir a UPP.
Não há notícias do paradeiro de Amarildo desde o dia 14 de julho.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse nesta sexta-feira (2) que a primeira "suspeição" sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo Souza, morador da Rocinha, é a de “responsabilidade pública”. Ela disse estar em contato permanente com o prefeito Eduardo Paes e com o governador Sérgio Cabral para tratar do caso.
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Maria do Rosário disse que “preocupa sobremaneira” o desaparecimento do pedreiro ter ocorrido após a abordagem policial. Amarildo sumiu logo depois de prestar depoimento a policiais da UPP da Rocinha no dia 14 de julho. A Polícia Militar afastou os serviços operacionais de quatro PMs envolvidos no caso.

“A primeira suspeição que todos nós devemos ter é de responsabilidade pública também nesse desaparecimento”, disse a ministra após participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto nesta manhã.
A ministra disse que a polícia deve ter papel de “mocinho” em comunidades pacificadas. “Ela [a polícia] não pode abordar um trabalhador, e esse trabalhador desaparecer”, afirmou. “Mesmo em comunidades pacificadas, devemos procurar construir uma cultura de polícia que esteja próxima da comunidade. A polícia, nessa história toda, tem que ser o mocinho”, declarou.

Maria do Rosário afirmou também que uma das hipóteses a ser considerada nas investigações sobre o caso deve ser a de abuso de autoridade.
"O inquérito sobre o desaparecimento deve ser feito com a hipótese clara, concreta, de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos, do abuso de autoridade, da violência policial, algo com o qual nós não podemos mais conviver”, afirmou Maria do Rosário. 

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