07/08/2013 11h39 - Atualizado em 07/08/2013 11h39
Para Giuseppe Vecci, R$ 500 mil é 'o valor para estudar na Europa'.
Viagem de servidores públicos de Goiás é alvo de polêmica.
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Os custos apresentados pelo governo ultrapassam em quase R$ 24 mil o orçado em uma agência de viagens para um turista comum. O secretário explica que os recursos para pagar esses gastos são de um fundo do governo composto por dinheiro oriundo do corte de pontos de servidores. Segundo o secretário, esse fundo já contém R$ 17 milhões.
Giuseppe Vecci afirma que “ninguém está fazendo viagem de turismo para a Europa. As pessoas estão indo lá para se profissionalizar”. Para o secretário, os conhecimentos adquiridos vão servir para "melhorar o serviço prestado à população”.
Segundo Vecci, os servidores ficarão hospedados em “um hotel simples, dentro da escola, na qual as aulas iniciam 7h30 e terminam às 19h30”. Os servidores beneficiados foram escolhidos por meio de um processo seletivo. Eles devem assinar um termo se comprometendo a disseminar o conhecimento que adquirirido na capacitação com os demais servidores do estado, nos órgão em que ele trabalha, diz o secretário.

viagem (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A polêmica surgiu depois que o Ministério Público de Contas (MPC) apresentou uma denúncia sobre os gastos, que considera irregulares. Em Goiás, já há uma instituição de ensino que tem como objetivo capacitar as pessoas que têm interesse em trabalhar nas administrações públicas. Por isso, o MPC entende que viagem dos funcionários até a França é um “gasto desnecessário”.
Esse é um dos argumentos de uma representação movida pelo procurador Fernando Carneiro. No documento, ele pede uma liminar para suspender o processo seletivo, “de forma a evitar que o estado arque com os custos da despesa”. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) deve analisar o caso.
Ao ser questionado se cancelaria o curso devido à denúncia do MPC, Vecci se limitou-se a dizer que acha que “o papel dele [do procurador] é questionar”. “O Ministério Público também manda gente para o exterior para se capacitar em boas universidades. E eu não vejo isso como defeito”, argumenta.
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