quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Para diretor da Santa Casa, Sorocaba está perdendo leitos

 

07/08/2013 16h00 - Atualizado em 07/08/2013 16h21

Problema se agravou quando ambulâncias ficaram paradas nesta 4º feira.
Pacientes da Santa Casa ficaram alojados em macas por falta de vagas.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
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Cinco ambulâncias ficaram retidas na manhã desta quarta-feira (7) na emergência da Santa Casa de Sorocaba (SP) por falta de macas para fazer a transferência dos pacientes para dentro do hospital. Duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) ficaram retidas por três horas na manhã desta quarta-feira, e outras três ambulâncias da prefeitura ficaram retidas no pronto-socorro municipal desde as 17h de terça-feira (6).
De acordo com Milton Palma, diretor geral do pronto-socorro da Santa Casa, a falta de macas ocorre devido ao excesso de pacientes e à falta de leitos na cidade. Segundo ele, os médicos não têm para onde encaminhar os pacientes porque a única opção é o pronto-socorro da Santa Casa.
“Nós temos hoje um convênio em que teríamos que ter 27 leitos de observação dentro do pronto-socorro. Na manhã desta quarta-feira, além desses 27 leitos de observação, nós tinhamos mais 40 pacientes internados no pronto-socorro. Na emergência dos adultos, temos cinco leitos disponíveis, mas em questão de meia hora entram na nossa emergência em torno de 11 pacientes”, argumenta.
Uma lei municipal de 2011 prevê que a Santa Casa e a Prefeitura de Sorocaba estabeleçam um convênio para que o atendimento do Samu seja prioridade para que as macas e ambulâncias sejam liberadas. Além disso, a legislação também prevê a criação de uma rede de integração com outros hospitais da cidade para que os pacientes sejam encaminhados para outras vagas conforme a necessidade.
Segundo o diretor geral do pronto-socorro, a Santa Casa ainda não possui uma rede de encaminhamento dos pacientes porque depende da prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde para desenvolver o sistema. De acordo com Palma, a Santa Casa está negociando com a prefeitura alternativas para solucionar o problema, como ampliar a estrutura física do pronto-socorro e estabelecer parcerias com outros hospitais que possam oferecer ajuda quando o serviço estiver sobrecarregado.
“No começo deste ano, nós tínhamos 20 leitos de retaguarda no Hospital Evangélico, mas nós perdemos esses leitos que eram a nossa válvula de saída no pronto-socorro. O convênio de 2011 tinha uma cláusula que previa a urgente necessidade de ampliação do pronto-socorro. Nós já fizemos esse projeto, já encaminhamos à prefeitura e estamos aguardando uma definição”, explica Palma.
“Nós temos que ter um limite no pronto-socorro, porque a partir de uma determinada quantidade de pacientes o serviço se torna inclusive prejudicial”, destaca.
A equipe de reportagem da TV Tem solicitou autorização para entrar na Santa Casa e mostrar a situação dos pacientes, mas o pedido foi negado pelo provedor do hospital.
Em nota, a Prefeitura informou que está tentando resolver o problema de internação através de contratos com hospitais da cidade. A Secretaria de Saúde também informou ainda que a responsabilidade de entrar em contato com a central de regulação de vagas e pedir leitos para a internação é de responsabilidade da Santa Casa.
Ambulâncias ficaram paradas por falta de maca na Santa Casa de Sorocaba (Foto: Reprodução/TV TEM)Ambulâncias ficaram paradas por falta de maca na Santa Casa de Sorocaba (Foto: Reprodução/TV TEM)

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