MP faz buscas por corpo de Amarildo em aterro sanitário de Seropédica
Equipes vasculharam área de 30
metros quadrados e cinco metros de altura. Ajudante de pedreiro está
desaparecido desde o último dia 14
Adriana Cruz
Rio - Equipes da 8ª Delegacia de Polícia
Judiciária Militar (DPJM), da Divisão de Homicídios (DH) e promotores do
Ministério Público (MP) que atuam em conjunto com a auditoria militar
realizaram buscas nesta quinta-feira pelo corpo do ajudante de pedreiro
Amarildo de Souza, no aterro sanitário de Seropédica, na Região
Metropolitana.
As equipes realizaram as buscas em uma
área de 30 metros quadrados e cinco metros de altura de lixo. Os
resíduos ocupam área específica no aterro e chegaram ao local após
passagem pelo depósito de lixo da Comlurb no Caju. Agentes receberam
denúncia de que um gari, que seria tio de um PM lotado na UPP da
comunidade, teria sido obrigado a transportar um corpo para fora da
favela.
O trabalho deve levar seis dias para
ser realizado. Nada foi encontrado durante as buscas nesta quinta.
Amarildo está desaparecido desde o dia 14 de julho.
Buscas na Rocinha
Policiais da DH realizaram buscas pelo
corpo de Amarildo nesta quarta. Os agentes vasculharam trechos de mata
no alto da Rocinha, com ajuda de bombeiros e cães farejadores. A
especializada pretende fazer uma reconstituição ainda nesta semana.
Policiais e bombeiros fizeram buscas pelo corpo de Amarildo
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
De acordo com o delegado titular da DH,
Rivaldo Barbosa, parentes de Amarildo receberam informações de que o
corpo dele teria sido enterrado na área. A polícia segue com duas linhas
de investigação no caso: a participação de policiais militares ou
traficantes. “Vamos continuar as buscas. Qualquer informação é
importante”, afirmou Barbosa.
Anderson Gomes, um dos filhos de Amarildo,
acompanhou os trabalhos. “Só acharam imagens dele entrando na UPP. E
saindo, cadê?”, questionou. O rapaz ainda descartou a participação do
tráfico no sumiço do pai. “Para ter certeza de que foi o tráfico, tem
que ter alguma prova. Aí eles podem falar que é o Papa, o Lula, a Dilma,
quem eles quiserem”, finalizou.
A Corregedoria da Polícia Militar também investiga as circunstâncias do desaparecimento do pedreiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.