07/08/2013 14h05
- Atualizado em
07/08/2013 14h40
Eles criticam indenizações pagas pela Prefeitura em desapropriações.
Secretaria de obras informou que vai analisar reivindicações.
Girlene Medeiros
Do G1 AM
Manifestantes utilizaram madeira e pneus para impedir a passagem de carros no local (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Moradores das proximidades do Igarapé do Mindu, localizado na Zona
Leste de Manaus, fecharam a Avenida Autaz Mirim, na manhã desta
quarta-feira (7), em protesto contra os valores das indenizações pagos
pela Prefeitura de Manaus nas desapropriações de casas na área. Eles
também criticaram o funcionamento de máquinas próximo às residências. Os
manifestantes atearam fogo em colchões e utilizaram madeira e pneus
para impedir a passagem de carros no local. O trânsito ficou lento na
área.
De acordo com a moradora Rogéria Soares, de 35 anos, as famílias
residem no local há quase nove anos e, aguardam posicionamento da
Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) sobre as indenizações e
prazo para deixarem as casas. "As indenizações eram de 22 mil. Saiu
prefeito, entrou prefeito, e nada ocorreu. Hoje, as indenizações estão
muito baixas e variam de 1,5 a 7 mil", afirmou a comerciante.
Protesto impediu passagem de carros na Avenida (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
José Alves de Souza, de 60 anos, que também mora com familiares na comunidade, disse ao
G1
que as famílias procuraram os órgãos competentes, mas que não foram
atendidas. "Sabemos que moramos de forma irregular. Eles fizeram o meu
cadastro. Eu tentei ir na secretaria para saber da situação e não me
atenderam. Não temos notícias de nada e é isso que estamos cobrando da
Prefeitura", disse.
A Seminf informou ao
G1 que as casas estão sendo
desapropriadas no local para a execução de obras do Obras do Programa de
Recuperação Ambiental e Requalificação Social e Urbanística do Igarapé
do Mindu. A Seminf comunicou também que a diretora da Unidade Executora
do Programa e Infraestrutura Urbana e Ambiental de Manaus (UEP/Seminf),
Miriam Koifman, esteve no local e atendeu à solicitação. As máquinas
foram retiradas e a obra paralisada temporariamente para que a Defesa
Civil do Município realize uma vistoria no local. Em relação às
indenizações, a Procuradoria Geral do Município (PGM) fará as avaliações
conforme as benfeitorias de cada residência.
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