Ministra defende que investigação do caso Amarildo foque na ação da polícia
Secretaria dos Direitos Humanos está de olho no caso e ofereceu acompanhamento externo
Inquérito vai ter como principal linha de investigação a ação policial
Fernando Frazão/01.08.2013/ABr
— Nos preocupa, sobremaneira, a abordagem policial e o posterior desaparecimento. A abordagem policial com o posterior desaparecimento leva à responsabilidade do desaparecimento, toda a investigação, o inquérito com a hipótese clara, concreta de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos, do abuso de autoridade, da violência policial, algo com o qual não podemos mais conviver.
Segundo ela, a secretaria está seguindo o caso de perto e ofereceu acompanhamento externo ao Estado do Rio de Janeiro.
— Queremos acompanhar com os órgãos de direitos humanos e o conselho de direitos humanos.
O pedreiro Amarildo de Souza desapareceu no último dia 14 de julho depois de ser retirado da porta de sua casa por policiais militares e levado para a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Para Maria do Rosário, o episódio não representa a falência do processo de pacificação de comunidades, mas demonstra a necessidade de melhorar a relação da polícia com a comunidade.
— Não acredito que demonstre isso [a falência do processo de pacificação]. Demonstra que sempre temos que melhorar. Mesmo em comunidades pacificadas devemos procurar construir uma cultura de polícia que esteja próxima. A polícia tem que ser o mocinho. Tem que estar junto com as pessoas da comunidade. Não pode abordar um trabalhador e ele desaparecer.
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