08/08/2013 22h10 - Atualizado em 08/08/2013 22h52
Dezenas de artistas se reuniram em frente ao Theatro da Paz.
Protesto pedia a democratização dos recursos públicos para a cultura.
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Dezenas de artistas participaram da manifestação e pediram a democratização das verbas públicas para a cultura. "Não podemos compactuar com uma política pública de eventos, capaz de investir milhões em um festival de três dias, enquanto inúmeros outros segmentos da diversa cultura produzida no Pará ficam à míngua", declarou o ator Alberto Silva, integrante do movimento Chega!.
Atores e dançarinos encenaram uma paródia de ópera. Usando nariz de palhaço e saias feitas de balão, o grupo se apresentava em torno do bonequeiro Jefferson Cecim, caracterizado com um paletó e uma máscara. "É uma vergonha termos uma política pública fechada em gabinete e elitista", frisa Alberto Silva.


nome dos artistas. (Foto: Gil Sóter/G1)
O próximo passo do movimento é promover uma assembleia para a formulação de uma carta dos artistas à sociedade do Pará. "Vamos nos reunir para elaborar uma grande carta endereçada à sociedade, onde iremos expor nossa realidade, falar sobre os desmandos da spolíticas públicas para cultura, que prejudica não só os artitas, mas a todos os cidadadãos, que são excluídos do acesso à arte". A reunião está agendada para a próxima quarta-feira (14), no Teatro Cláudio Barradas, na Jerônimo Pimentel, no bairro do Umarizal.
Entenda o caso
Reunidos no movimento Chega!, artistas do Pará leram uam carta-manifesto dentro da programação da mostra Terruá Pará, no dia 9 de julho, no palco do teatro Margarida Schivasappa, no Centur.
Carregando faixas de críticas a dois dos principais projetos culturais do governo estadual, O Terruá Pará e o Festival de Ópera, artistas expuseram insatisfação com o modelo de política pública na gestão de cultura.
Entre as reivindicações, os manifestantes destacaram a revisão do Plano Plurianual, aprovado no dia 2 de julho em sessão extraordinária da Câmara Municipal de Belém, para destinar mais recursos para a promoção da arte; e a abertura de financiamento nos bancos do estado para a produção cultural.
No último dia 25, o presidente da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur), Nilson Chaves, declarou a criação e regulamentação do Fundo Estadual de Cultura.
De acordo com Chaves, os investimentos já feitos pelo governo na área cultural superam R$ 50 milhões nos últimos dois anos e meio.
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