07/08/2013 16h52 - Atualizado em 07/08/2013 16h52
Toninho Martins, da Secretaria de Governo, assumiu Agricultura e Ciência.
Suposto esquema de corrupção teria desviado mais de R$ 1 milhão.
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pela PF de Araraquara (Foto: Reprodução/EPTV)
Propina
Em relação à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Turismo e Desenvolvimento Sustentável, o secretário Toninho Martins disse que vai esperar a conclusão das investigações da Polícia Federal para acompanhar as irregularidades na pasta. “A partir daí, se for o caso, tomaremos as medidas legais que têm que ser tomadas”, disse. Segundo a PF, na pasta havia a cobrança de propina como condição para a concessão de áreas públicas a empresários para instalação de plantas industriais e, em alguns casos, como condição para concessão de autorização para funcionamento de estabelecimentos comerciais.
Martins afirmou que o serviço também será mantido. “O programa de atração a novas empresas ao município continua porque é um programa de interesse também da comunidade como um todo”, comentou. Ele acumulou os cargos após o coordenador de Agricultura Célio Dória e o secretário de Ciência José Roberto Cardozo comunicarem o afastamento ao prefeito Marcelo Barbieri, em solidariedade às investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual.

na terça-feira (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)
Além do vereador Ronaldo Napeloso, foram presos pela Operação Schistosoma o ex-coordenador de Desenvolvimento Urbano, Ademir Palhares, o ex-assessor da Secretaria de Agricultura, Cristiano Rumaqueli, o assessor da pasta, Hélio Aparecido Azevedo, a assessora parlamentar Maria Helana Scuoppo Massi. Todos os envolvidos cumprem prisão temporária e devem continuar presos pelo menos até sábado. O advogado humberto canicoba, que defende Hélio Azevedo, já entrou com o pedido de revogação da prisão temporária em Araraquara e aguarda o julgamento. Ele informou que também vai impetrar um habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral para tentar a liberdade do ex-coordenador por acreditar que as provas são frágeis. Os advogados dos outros envolvidos não foram encontrados para comentar a situação de seus clientes.

durante operação (Foto: Felipe Turioni/G1)
Segundo o delegado da Polícia Federal, Nelson Cerqueira, o esquema pode ter desviado mais de R$ 1 milhão das duas secretarias. Entretanto, ainda não é possível afirmar há quanto tempo o suposto esquema era praticado e nem a quantia total de dinheiro desviada. “Existe um dinheiro de fonte desconhecida utilizada nos últimos dez anos, ou para movimentação bancária ou para aquisição de imóveis, de quantia não atualizada que supera R$ 1 milhão, é o único dado concreto, fazer qualquer estimativa de quanto isso pode chegar não é responsável no momento”, afirmou.
A deflagração da operação que resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo um vereador e ex-secretário, não surpreendeu os moradores de Araraquara. “Como acontece esse tipo de coisa em outros lugares, em outras cidades, aqui em Araraquara não foi surpresa para ninguém, já vinha acontecendo e tem que tirar os corruptos”, disse a auxiliar de limpeza Sandra Cremonesi. “Já tinham vários comentários e simplesmente se concretizou o fato e eu espero que se faça justiça e vamos ver agora com o desenrolar dos fatos a que conclusão vai se chegar”, comentou o aposentado Roberto Montrezor Filho .
Investigação
A operação teve início no mês de dezembro de 2012 depois que investigações apontaram que o vereador ostentaria patrimônio maior que o declarado ao Juízo eleitoral. “Há uma ligação muito forte entre os esquemas de corrupção que detectamos e o que foi apresentado para a Justiça Eleitoral”, disse o delegado. Segundo a PF, as investigações constataram que vários imóveis eram suprimidos das declarações ou apontados valores de aquisição muito inferiores ao de mercado.
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