quarta-feira, 7 de agosto de 2013

'Polícia Militar estará sempre pronta para dialogar', diz novo comandante

 

Edição do dia 07/08/2013
07/08/2013 13h28 - Atualizado em 07/08/2013 13h28

Segundo o coronel José Luís Castro Menezes, a suposta participação de policiais no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo preocupa.

Policiais civis e Bombeiros - com a ajuda de cães farejadores - fazem  buscas na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para localizar o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Ele está desaparecido desde o dia 14 de julho.
Segundo o novo comandante da Polícia Militar do Rio, coronel José Luís Castro Menezes, a participação dos policiais da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha preocupa. “Não podemos afirmar isso enquanto não tivermos certeza. A Polícia Militar abriu inquérito para apurar o caso e a Delegacia de Homicídios também está trabalhando. Esperamos que, pelo inquérito da PM ou pela investigação da Polícia Civil, o caso seja esclarecido em breve”, ressalta.
Sobre os casos recentes que envolveram policiais militares, o comandante afirma que quer rever a conduta dos PMs durante manifestações. “Desde que as manifestações começaram no Rio de Janeiro, quando eu era comandante do policiamento do Centro e da Zona Sul, venho acompanhando as mesmas e estive à frente do planejamento das ações e do desencadeamento do que se planejou. É notório como a gente vêm mudando a atuação da Polícia Militar. A última foi com a colocação de policiais - fardados e identificados - que transitam dentro do grupo de manifestantes e abordam suspeitos de forma educada e firme. O nosso objetivo é garantir o direito constitucional de manifestação e desarmar, caso tenha naquele meio, pessoas com objetos usados por manifestantes e trouxeram insegurança para os manifestantes e policiais que estavam trabalhando”, explica o coronel José Luís Castro Menezes.
Para o novo comandante, o diálogo com a população é importante. “Nós já tentamos um diálogo anterior, quando as manifestações aconteceram, mas esse canal acabou não se concretizando. Alguns grupos não quiseram essa aproximação. Mas esse canal continua aberto. A Polícia Militar estará sempre pronta para dialogar, para que a gente possa ter uma ação em comum acordo e não tenha nenhum tipo de problema”, afirma o coronel.
Sobre a revogação do decreto que anistiava policiais militares de pequenos delitos, José Luís Castro Menezes afirma que o chefe de gabinete recebeu a orientação para que possa ser revisto esse ato. “A ideia é muito boa, mas temos que ter muita transparência na hora de fazer esta anistia, de revogar algumas punições. Há de se ter uma responsabilidade com a instituição e a sociedade. Vamos fazer isso com muita calma”, afirma o novo comandante da Polícia Militar do Rio.

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