07/08/2013 14h30 - Atualizado em 07/08/2013 14h43
G1 esteve em alguns desses bairros e registrou a reclamação dos moradores.
Em algumas casas a água só chega duas vezes ao dia.
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Pelo menos quatro bairros da Zona Norte de Teresina
sofrem com o abastecimento irregular da água. No Parque Mão Santa,
Residencial Paulo de Tarso, Jacinta Andrade e Parque Wall Ferraz, as
famílias reclamam que durante a semana a água só chega às torneiras por
algumas horas. O G1 foi até esses bairro nesta quarta-feira (7) para conferir a situação dos moradores.
Dona de casa diz que vai até um sítio do irmão para poder lavar as roupas devido o problema (Foto: Gil Oliveira/G1)
A dona de casa Ana Claudia, que mora há três anos no Residencial Paulo
de Tarso, reclama que todo dia falta água. Segundo ela, o fornecimento
só acontece em dois horários: 6h e 20h.
“Por isso, todos os dias temos que armazenar baldes de água e trocar o dia pela noite, para fazer as obrigações de casa, além de lavar roupas e até tomar banho”, conta a mulher que divide a casa com o esposo e um filho pequeno.
Ana Claudia conta ainda que quando tem muita roupa para lavar tem que ir para um sítio do irmão que tem um poço. “Só lá mesmo para conseguir lavar as roupas”, disse.
“È muito ruim porque trabalho bastante e ainda temos este problema da falta de água que afeta a rotina dos trabalhadores, que têm que esperar e adivinhar que hora a água vai chegar”, reclamou o técnico em enfermagem e morador do bairro, Zilton Rocha.
Ana Claudia mostra roupas sujas acumuladas devido a falta de água em casa (Foto: Gil Oliveira/G1)
O presidente da Associação dos Moradores, Jean Machado, relatou que o problema persiste desde a inauguração do bairro, em 2010.
“De 2010 para cá nunca tivemos um abastecimento regular. Em alguns momentos, a bomba que faz a distribuição queimava e faltava água por até cinco dias. Eu tive que comprar uma caixa d’água reserva para conseguir armazenar”, disse.
Jean disse ainda que muitas famílias têm que buscar água em bairros próximos e alguns residenciais ainda em obra chegaram a contratar carro-pipa para conseguir manter a obra.
“Já fui na Agespisa por várias vezes, tivemos reuniões e eles só nos falam que estão investindo em melhorias na região, mas essas melhorias nunca vêm”, reclamou.
No Parque Mão Santa a situação se repete. A água só chega duas vezes por dia e para dar conta de todas as atividades de casa e suprir as necessidades, os moradores também são obrigados a armazenar água.
A universitária Bárbara Machado, que há quatro anos mora no bairro, diz que tem que levantar mais cedo para encher os baldes e guardar água para cozinha e tomar banho. , “Todo dia é a mesma coisa, sendo que também chega acontecer de faltar água por dois, três, quatro dias seguidos”, disse.
Zona Sul
Do outro lado da cidade, no Loteamento Portal da Alegria, Zona Sul da capital, os moradores também convivem com o abastecimento irregular. Segundo a líder comunitária, Joana Ferreira, somente às segundas e terças-feiras as famílias têm água duas vezes por dia.
Joana explica que o problema afeta principalmente as partes mais altas dos bairros e que mesmo quem possui caixa d'água nas residências não fica livre da ineficiência do serviço. Ela pede que a direção da Agespisa se mobilize para resolver o problema que atormenta diariamente milhares de famílias.
Reservatórios do Loteamento Portal da Alegria
, na Zona Sul de Teresina (Foto: Gil Oliveira/G1)
"Aqui não existe dia certo para a gente receber água, antes eram dois
dias por semana, agora ninguém sabe quando vem. Quem tem caixa d'água,
sente um pouco menos, mas às vezes demora tanto que seca tudo e todo
mundo tem que ir pegar água na horta. É muito difícil, precisamos de uma
solução urgente", reclamou.
Sobre o problema no Loteamento Portal da Alegria, a Agência de Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa) disse que o bairro é abastecido por três poços tubulares, um deles construído no final do ano passado. “O local também recebe um reforço do poço do Residencial Torquato Neto. Por causa da grande demanda, o fornecimento ocorre de forma intermitente. Assim, os moradores têm água todos os dias, mas não o dia todo”, diz a nota enviada pela Agespisa.
A empresa disse ainda que atualmente não tem recursos para realizar investimentos na comunidade. O sistema de abastecimento do local era particular e foi repassado para a administração da Agespisa há cerca de sete anos.
Em relação aos demais bairros citados na reportagem a empresa disse que melhorias estão sendo providenciadas.

“Por isso, todos os dias temos que armazenar baldes de água e trocar o dia pela noite, para fazer as obrigações de casa, além de lavar roupas e até tomar banho”, conta a mulher que divide a casa com o esposo e um filho pequeno.
Ana Claudia conta ainda que quando tem muita roupa para lavar tem que ir para um sítio do irmão que tem um poço. “Só lá mesmo para conseguir lavar as roupas”, disse.
“È muito ruim porque trabalho bastante e ainda temos este problema da falta de água que afeta a rotina dos trabalhadores, que têm que esperar e adivinhar que hora a água vai chegar”, reclamou o técnico em enfermagem e morador do bairro, Zilton Rocha.

“De 2010 para cá nunca tivemos um abastecimento regular. Em alguns momentos, a bomba que faz a distribuição queimava e faltava água por até cinco dias. Eu tive que comprar uma caixa d’água reserva para conseguir armazenar”, disse.
Jean disse ainda que muitas famílias têm que buscar água em bairros próximos e alguns residenciais ainda em obra chegaram a contratar carro-pipa para conseguir manter a obra.
“Já fui na Agespisa por várias vezes, tivemos reuniões e eles só nos falam que estão investindo em melhorias na região, mas essas melhorias nunca vêm”, reclamou.
No Parque Mão Santa a situação se repete. A água só chega duas vezes por dia e para dar conta de todas as atividades de casa e suprir as necessidades, os moradores também são obrigados a armazenar água.
A universitária Bárbara Machado, que há quatro anos mora no bairro, diz que tem que levantar mais cedo para encher os baldes e guardar água para cozinha e tomar banho. , “Todo dia é a mesma coisa, sendo que também chega acontecer de faltar água por dois, três, quatro dias seguidos”, disse.
Zona Sul
Do outro lado da cidade, no Loteamento Portal da Alegria, Zona Sul da capital, os moradores também convivem com o abastecimento irregular. Segundo a líder comunitária, Joana Ferreira, somente às segundas e terças-feiras as famílias têm água duas vezes por dia.
Joana explica que o problema afeta principalmente as partes mais altas dos bairros e que mesmo quem possui caixa d'água nas residências não fica livre da ineficiência do serviço. Ela pede que a direção da Agespisa se mobilize para resolver o problema que atormenta diariamente milhares de famílias.

, na Zona Sul de Teresina (Foto: Gil Oliveira/G1)
Sobre o problema no Loteamento Portal da Alegria, a Agência de Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa) disse que o bairro é abastecido por três poços tubulares, um deles construído no final do ano passado. “O local também recebe um reforço do poço do Residencial Torquato Neto. Por causa da grande demanda, o fornecimento ocorre de forma intermitente. Assim, os moradores têm água todos os dias, mas não o dia todo”, diz a nota enviada pela Agespisa.
A empresa disse ainda que atualmente não tem recursos para realizar investimentos na comunidade. O sistema de abastecimento do local era particular e foi repassado para a administração da Agespisa há cerca de sete anos.
Em relação aos demais bairros citados na reportagem a empresa disse que melhorias estão sendo providenciadas.
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