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• atualizado às 18h13
Acampados em frente ao Palácio dos Bandeirantes pedem CPI para investigar denúncia de formação de cartel nas licitações do metrô e trem
Cerca
de 20 jovens estão acampados desde a madrugada de sábado em frente ao
Palácio dos Bandeirantes, no bairro Morumbi, sede do governo estadual,
onde reside o governador Geraldo Alckmin. Eles chegaram ao local por
volta da 1h, após participarem de um protesto na região da Avenida
Paulista na noite de sexta-feira. O grupo diz que não pretende deixar a
área até que as reivindicações apresentadas sejam atendidas.
Eles pedem a criação de uma comissão parlamentar de
inquérito (CPI) para investigar a recente denúncia de formação de cartel
nas licitações do metrô e trem de São Paulo. Os manifestantes querem
também a desmilitarização da polícia e a responsabilização do governo
estadual em casos de violações de direitos humanos, entre eles a
reintegração de posse da comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos,
e do Massacre do Carandiru.
Os manifestantes informaram que não houve confronto com a
polícia que faz a guarda do palácio e que a situação é tranquila. "Eles
pediram para a gente mudar de lado da rua e, que se a gente não
mudasse, poderiam usar da força", disse um dos jovens, que não quis se
identificar. Ele criticou, no entanto, que, no lado contrário à
portaria, eles ficam mais expostos aos carros e sujeitos a acidentes.
"Até porque não tem nenhum agente de trânsito aqui".
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um dos
jovens que fazia parte do acampamento, um técnico em informática de 23
anos, foi detido no início da manhã de hoje e levado para o 89º Distrito
Policial, no bairro Jardim Taboão. O boletim de ocorrência informa que
ele foi pego por policiais militares "quando tentava fugir em um ônibus"
após pichar o Portão 2 da sede do governo.
O jovem foi indiciado por danos ao patrimônio público e o
delegado considerou também a conduta de causar tumulto em meio a
manifestação pacífica por meio de atos de vandalismo. Foi definida
fiança no valor de R$ 5 mil. A secretaria não informou se, até as 16h30,
o manifestante havia sido liberado.
Os demais integrantes do protesto criticaram a prisão do
técnico em informática e disseram que ele foi detido quando se
deslocava para sua casa. "Ele foi abordado dentro de um ônibus. Quem
está aqui agora está com medo de sair e ser surpreendido pela polícia",
disse um dos manifestantes, que também pediu para não ser identificado.
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