07/08/2013 13h45 - Atualizado em 07/08/2013 16h35
Secretário da Segurança Francisco Bezerra foi à Assembleia Legislativa.
Deputados de oposição cobram do governo ações efetivas contra crimes.
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"Jamais pedirei exoneração. Jamais pedirei para sair. Se eu tivesse sentimento de culpa, já teria saído. Diferente do pensamento de alguns, muitos cearenses estão dizendo que por meio dessa cúpula a situação está melhor", disse o secretário após ser pressionado para deixar o cargo pelos deputados de oposição.
Os deputados de oposição fizeram críticas ao discurso do secretário e reafirmam que a violência no Ceará é crescente. "Não dá mais para aguentar esse estado de insegurança. Quando nossos filhos saem às ruas, nós temos medo de eles não voltarem", citou o deputado João Jaime (PSDB).
De acordo com Francisco Bezerra, a polícia conseguiu ampliar o número de prisões, de apreensão de armas e de drogas, apreensão de explosivos, prendeu a maior parte dos foragidos na lista dos "mais procurados" e o governo de Cid Gomes foi o que mais investiu em segurança, quase R$ 1 bilhão em sete anos.
De acordo com o secretário Francisco Bezerra, Ciro Gomes, irmão do governador Cid Gomes, tem participação na Secretaria da Segurança, mas não toma decisões operacionais. "Todas as decisões operacionais são tomadas pelo secretário, são decisões técnicas", afirmou.
Oposição
"Estou muito entristecido com o depoimento do secretário. Frustrado. Decepcionado. No início do governo Cid nós tínhamos 1.793 homicídios por anos, passamos para mais de 3 mil em 2012, um aumento de mais de 100%. Os números citados pelo secretário representam o insucesso", afirmou o deputado de oposição Heitor Férrer (PDT).
"É um descaso com o problema tão sério, com a sociedade, citar a construção de novas delegacias no entardecer da gestão", citou o deputado Vanderley Pedrosa.
"A oposição quer passar a impressão de que o mundo está acabando, e a polícia está de braços cruzados. Nós estamos trabalhando e estou aqui para prestar conta", respondeu o deputado, após o pronunciamento dos deputados de oposição.
"Hoje não precisa ser sociólogo, psicólogo, juiz, promotor, policial para perceber que a segurança pública do nosso estado não vai bem. As colocações que vossa senhoria faz nos remete a um estado de paz e harmonia que na verdade nós não presenciamos. A população está acuada, se protegendo com grades, com medo de ir às ruas", criticou o deputado Vasques Landim (PR).
Protestos de rua
O secretário também criticou órgãos da sociedade civil pelas críticas que os policiais receberam durante os protestos de rua no mês de junho. “Nos países mais desenvolvidos o policial é visto como agente de defesa do estado. Por que numa manifestação cerca de 70 mil pessoas atiraram pedras contra policiais e estilingues que poderiam ter matado e ninguém saiu em defesa dos policiais?”
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